Nhoque de Banana da Terra com Carré de Leitoa ao Molho de Vinho Tinto
A mais antiga receita culinária de carne suína teria sido registrada na China, durante o Império Zhou, por volta do ano 500 A.C.. O prato não faria feio nos dias de hoje: consistia num porquinho de leite, recheado com tâmaras, envolvido em palha recoberta por argila e assado num buraco revestido de pedras em brasa. Essa técnica de preparação é, por sinal, a mesma utilizada atualmente para assar porcos na Polinésia e nas ilhas do Havaí, dando origem a muitas receitas típicas.
Durante o Império Romano, houve grandes criações e era apreciado sua carne em festas da Grande Roma e também pelo povo. Carlos Magno prescrevia para seus soldados o consumo da carne de suíno. Nesta época foram editadas as leis sálica e borgonhesa, que puniam com severidade os ladrões e matadores de porcos. Na idade média o consumo da carne de porco era grande, passando a ser símbolo de gula, volúpia e luxúria.
Os suínos chegaram ao continente americano na segunda viagem de Colombo, que os trouxe em 1494 e soltou-os na selva. Em 1499, já eram numerosíssimos e prejudicavam muito as plantações em todo o continente. Os descendentes desses porcos chegaram a povoar grande parte da América do Norte. Também chegaram até o Equador, Peru, Colômbia e Venezuela.
Foram introduzidos no Brasil por Martim Afonso de Souza em 1532. No início, os porcos brasileiros eram provenientes de cruzamentos entre as raças portuguesas, e não havia preocupação alguma com a seleção de matrizes. Com o tempo, criadores brasileiros passaram a desenvolver raças próprias.
Outro episódio que comprova a excelente adaptação de porcos a ambientes selvagens americanos ocorreu após a Guerra do Paraguai: após a destruição das fazendas paraguaias por soldados, os suínos foram soltos no campo. Até hoje, a região central do Brasil tem porcos selvagens descendentes destes animais.
Com base nessa maravilhosa história, confira como ficou essa espetacular receita de Nhoque de Banana da Terra com Carré de Leitoa ao Molho de Vinho Tinto!!!
Receita:
I) Carré de Leitoa
1 kg de carré de leitoa
2 limões
300 ml de vinho tinto seco ou suave
Sal (a gosto)
Tomilho e alecrim fresco (a gosto)
Noz moscada (a gosto)
3 colheres (sopa) de molho de mostarda
1 colher sopa de amido de milho
II) Nhoque de banana da terra:
2 bananas da terra
½ xícara (chá) de queijo parmesão
1 colher (sobremesa) de manteiga amolecida
½ colher (café) de sal
¼ xícara (chá) de farinha de trigo (aproximadamente)
Modo de preparo:
Carré: misture em um recipiente o suco e raspas dos limões, sal, noz moscada, o vinho, as ervas e o molho de mostarda. Em uma assadeira retangular, coloque o carré com os ossos pra cima. Faça leves incisões na carne, jogue um pouco do sal e parte da marinada acima. Cubra com papel filme e leve a geladeira por 1 hora (se preferir, e para ficar ideal, deixe a marinada com a carne descasar de um dia para outro). Depois do tempo de descanso, retire o papel filme, cubra com papel alumínio e leve ao forno pré-aquecido a 180º C por 2 horas.
Molho: leve a outra parte da marinada a uma panela com o amido de milho dissolvido em um pouco de água. Leve a fogo médio e mexa até engrossar o molho. Reserve
Após 2 horas, retire a carne do forno. Esquente uma frigideira antiaderente com um pouco de azeite e manteiga. Doure toda a gordura da carne para formar uma crosta bem firme e crocante.
Nhoque: para o nhoque, asse as bananas em forno médio por aproximadamente 30 minutos ou até que comece a rachar a casca. Retire as cascas, amasse com um garfo, coloque em uma vasilha e acrescente o restante dos ingredientes do nhoque. Misture muito bem, faça rolinhos e corte em pedaços. Aperte com um garfo e reserve. Em uma panela, derreta a manteiga, acrescente os nhoques, salteie até doura-los.
Montagem: sirva o nhoque com parmesão por cima e ao lado o carré com um pouco do seu molho. Delicie-se!